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- por Thiago Brayner
- 13 Comentários
Quando Odete Roitman, a vilã que marcou uma geração, encontrou a morte na tela, o Brasil inteiro ficou sem fôlego. Na noite de Natal de 1988, a trama de Vale TudoRio de Janeiro atingiu o ápice, lançando a pergunta que ecoou pelos jornais, bares e até nas apostas do jogo do bicho: "Quem matou Odete Roitman?"
Contexto histórico da novela
Produzida pela TV Globo, a série foi ao ar de 16 de maio de 1988 a 6 de janeiro de 1989, trazendo à tona críticas sociais sobre ambição e corrupção. Beatriz Segall, então veterana do teatro e cinema, recebeu o papel de Odete, uma empresária de Petrópolis, filha de dono de livraria que enviou as filhas à França para estudar. Essa origem aristocrática contrastava com a crueldade da personagem, fazendo o público amar‑ou‑odiar a vilã.
A morte original e seu impacto cultural
No episódio gravado em 24 de dezembro de 1988, Odete confronta Marco Aurélio (interpretado por Reginaldo Faria) sobre o roubo da empresa TCA. A discussão esquenta, as armas são sacadas e, de repente, disparos ecoam. A cena terminou com o corpo de Odete caído, porém a identidade do responsável ficou um mistério.
Logo depois, suspeitos foram surgindo: Heleninha (Renata Sorrah) bebendo em um bar, Maria de Fátima (Glória Pires) e César (Carlos Alberto Riccelli). A revelação final, porém, foi que a assassina era Leila, interpretada por Cássia Kis, que atirou por engano. Alguns capítulos mostraram Raquel confessando o crime, mas a trama resolveu deixar a dúvida no ar, alimentando o frenesi midiático.
A repercussão foi extraordinária: capas de jornais nacionais estampavam a frase, lojas lançaram camisetas e até o programa de loteria "Jogo do Bicho" recebeu milhares de apostas. O suspense se tornou parte do vocabulário popular; ainda hoje, ao mencionar "Odete Roitman" alguém sabe que está falando de traição, poder e um crime impossível de esquecer.
Personagens‑chave e suspeitos na trama original
- Odete Roitman – empresária de Petrópolis, vilã nata.
- Marco Aurélio – marido suspeito, ex‑empresário da TCA.
- Leila – a assassina por engano, serva de Leila na trama.
- Heleninha, Maria de Fátima, César – figuras que alimentaram a tensão.
- Raquel – a confidente que tentou desvendar o crime.
O remake de 2025: nova trama e expectativas
Trinta‑sete anos depois, Vale TudoRio de Janeiro volta à grade da TV Globo, agora com Débora Bloch vestindo a roupa de Odete. A morte acontece em 6 de outubro de 2025, às 21h20, durante um jantar tenso.
Os principais suspeitos são bem diferentes: Heleninha (Paolla Oliveira), agora artista plástica e alcoólatra; Maria de Fátima (Bella Campos), que na versão original era alvo de Leila; e Carolina Dieckmann, substituta de Cássia Kis.
O roteiro promete deixar a resposta para o último capítulo, marcado para 17 de outubro de 2025. Enquanto isso, redes sociais explodem com teorias, memes e até análises de especialistas em telenovela que apontam para possíveis reviravoltas—como um possível retorno do personagem Marco Aurélio em flashback.
Consequências e legado para a teledramaturgia brasileira
O caso de Odete Roitman se tornou referência de como uma trama pode transcender a TV e influenciar a cultura popular. Estudos de comunicação da UFRJ mostram que a narrativa ajudou a definir o conceito de "vilã empoderada" no Brasil, inspirando personagens como Carminha (Glória Pires, "Avenida Brasil") e Valentina (Carolina Dieckmann, "Se Eu Fosse Você 2").
Além disso, a estratégia de suspense usada por Aguinaldo Silva e Gilberto Braga abriu caminho para novelas de alta tensão, como "O Rei do Gado" e "Dona Flor e Seus Dois Maridos". O remake, ao juntar elenco de peso e tecnologia de gravação em 4K, demonstra que o público ainda tem fome por mistério.
Próximos passos e como acompanhar
Para quem não quer perder nenhum detalhe, a Globo disponibiliza episódios no Globoplay logo após a transmissão. Redes como Twitter e Instagram têm trending hashtags (#QuemMataOdete, #ValeTudo2025) que reúnem teorias de fãs e entrevistas exclusivas com os atores.
Se a pergunta que não quer calar é "Quem matou Odete Roitman nesta nova versão?", prepare o chá, marque o calendário para 17 de outubro e fique ligado nos spoilers que surgirem nas primeiras horas do dia.
Perguntas Frequentes
Qual foi o impacto da morte de Odete Roitman na sociedade brasileira?
A cena gerou um fenômeno de mídia: jornais de capa inteira, programas de rádio debatendo teorias e até apostas no jogo do bicho. Estudos apontam que o suspense aumentou a audiência da novela em 30% nas semanas seguintes.
Quem interpretou Odete Roitman na versão original e no remake?
Na transmissão de 1988‑89, a vilã foi vivida por Beatriz Segall. No remake de 2025, o papel ficou a cargo da atriz Débora Bloch.
Quais personagens são suspeitos no assassinato de Odete na versão de 2025?
Os principais suspeitos são a filha Heleninha (Paolla Oliveira), a jovem Maria de Fátima (Bella Campos) e a nova Leila, interpretada por Carolina Dieckmann. Cada um tem motivos diferentes, aumentando a incerteza.
Como a trama de Vale Tudo influenciou outras novelas brasileiras?
A estrutura de suspense, o foco em personagens moralmente ambíguos e a estratégia de cliffhangers foram adotados em sucessos como "Avenida Brasil" e "Segundo Sol", consolidando um modelo de narrativa que ainda predomina nas novelas de horário nobre.
Quando será revelado quem matou Odete no remake?
A revelação está prevista para o último capítulo, exibido em 17 de outubro de 2025, às 21h, na grade da TV Globo.
Thiago Brayner
Sou jornalista especializado em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Trabalho para um grande portal de notícias e sempre busco trazer uma perspectiva imparcial e detalhada dos eventos. Minha paixão é informar e engajar meus leitores.
13 Comentários
Marty Sauro
Nossa, quem diria que ainda estamos falando de Odete depois de tudo esse tempo, né? O suspense nunca sai de moda, até parece que a Globo ainda tá tentando nos manter acordados na madrugada. Mas sério, se a reprodução for tão boa quanto o original, a gente já pode começar a apostar no próximo vilão que vai cair.
Aline de Vries
É, Marty, tu tá certo. Essa trama é um espelho da nossa própria ganância, e a gente tem que refletir sobre isso. Não dá pra ficar só no drama, tem que aprender lições.
Tatianne Bezerra
Gente, acorda! Vale Tudo 2025 tá bombando e vocês ainda tão na nostalgia? Leila, Heleninha, quem quiser puxar o fio da meada tem que se ligar nos detalhes que a produção deixou pra gente. Tá na hora de parar de reclamar e começar a analisar!
Lucas Santos
Prezada Tatianne, a análise das pistas requer abordagem metódica e fundamentada. Observa‑se que cada personagem possui motivação plausível, conforme demonstrado nos roteiros divulgados. Assim, sugiro que se mantenha objetividade ao formular hipóteses. 🙂
Larissa Roviezzo
Ai gente, eu juro que todo mundo tá tão ansioso que vai acabar virando meme antes de descobrir quem matou. Mas sério, eu acho que a culpa vai cair em quem menos esperamos, tipo aquele personagem coadjuvante que ninguém presta atenção.
Luciano Hejlesen
Cara Larissa, sua perspectiva é tão rasa quanto a trama de novela das nove 😒. A verdadeira análise requer epistemologia crítica e compreensão profunda dos arquétipos literários. 🙄📚
Bruna Boo
Esses teasers tão me matando.
Ademir Diniz
Bruna, eu sinto vc, esses spoilers tão deixando a gente pirado, mas vai valer a pena quando o último capítulo sair, segura aí!
Jeff Thiago
A série “Vale Tudo” representa um marco histórico na teledrama brasileira, consolidando técnicas narrativas que ainda são estudadas em cursos de comunicação.
A morte de Odete Roitman, ocorrida em 24 de dezembro de 1988, desencadeou uma onda de cobertura midiática inédita, elevando o índice de audiência da emissora em mais de 30%.
Esse fenômeno pode ser atribuído à combinação de cliffhangers bem posicionados e à exploração de temas sociais como corrupção e ambição.
Estudos quantitativos realizados pela UFRJ demonstram que a tensão gerada pelo mistério aumentou o tempo médio de visualização em 12 minutos por episódio.
Esse aspecto reforça a eficácia da estrutura de suspense como mecanismo de retenção de público.
O retorno da trama em 2025 aproveita tecnologias avançadas de produção, como gravação em 4K e efeitos visuais de alta definição, reforçando a imersão do telespectador.
Contudo, a essência do suspense permanece invariável, baseando‑se em estratégias de escrita que provocam ansiedade cognitiva nos espectadores.
A escolha de Débora Bloch para reinterpretar Odete traz uma camada de intertextualidade, conectando gerações distintas de fãs.
O roteiro contemporâneo introduz novos suspeitos, como a Heleninha reinterpretada por Paolla Oliveira, ampliando o espectro de motivação criminológica.
A inserção de personagens como Carolina Dieckmann, substituta de Cássia Kis, demonstra a intenção dos autores em subverter expectativas estabelecidas.
Além do aspecto dramático, o caso evidencia a capacidade da televisão de influenciar comportamentos sociais, inclusive nas apostas do tradicional jogo do bicho.
A repercussão nas redes sociais, medida por hashtags como #QuemMataOdete, evidencia a convergência entre mídia tradicional e plataformas digitais.
Analistas de mídia apontam que o engajamento online pode ser correlacionado a picos de audiência na transmissão ao vivo, indicando sinergia multimídia.
O persistente debate acadêmico sobre “Vale Tudo” reafirma seu valor como objeto de estudo dentro das ciências da comunicação.
Assim, ao observar a evolução da narrativa, percebe‑se que a novela perpetua discussões sobre moralidade, poder e responsabilidade coletiva.
Em síntese, tanto a versão original quanto o remake servem como espelhos culturais que revelam as contradições e aspirações da sociedade brasileira contemporânea.
Circo da FCS
Jeff seu papo de professor ninguém entende mas ok continua assim
Savaughn Vasconcelos
Ao refletir sobre a trama, percebo que estamos diante de um espelho metafísico da condição humana, onde cada suspeito encarna um aspecto da nossa própria sombra. É impossível assistir sem sentir o peso da responsabilidade coletiva, como se a culpa fosse um fardo compartilhado. Que possamos, então, extrair desses momentos de tensão a coragem de confrontar nossos próprios demônios internos.
Rafaela Antunes
Sáveghan tu tem razões boas mas acho que alguns pontes estaão errados, as vezes a gente lê pensa demais e esqueçe o mais simples. Vamó ver o que acontece ainda!
Marcus S.
É imprescindível reconhecer que a narrativa de “Vale Tudo” não apenas diverte, mas eleva o debate ético ao nível de uma análise filosófica rigorosa. Os personagens servem como arquétipos que confrontam os dilemas da modernidade, forçando-nos a questionar a própria natureza da moralidade. Assim, ao abordar o assassinato de Odete, somos compelidos a examinar a lógica subjacente ao poder e à corrupção, uma tarefa que exige coragem intelectual.
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