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- por Thiago Brayner
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No dia 23 de outubro de 2025, Liga Deportiva Universitaria (LDU) surpreendeu o Sociedade Esportiva Palmeiras ao vencer por 3 a 0 na semifinal da Copa Libertadores 2025Estádio Casa Blanca, Quito. O técnico Tiago Nunes, de 42 anos, comandava a equipe equatoriana, enquanto o português Abel Ferreira dirigia o Verdão, que até então acumulava 25 jogos sem derrota contra rivais estrangeiros na competição.
Contexto histórico e a trilha dos confrontos
Este foi o terceiro duelo eliminatório entre um clube brasileiro e um equatoriano na história da Libertadores. Em 2017, o Palmeiras tinha caído frente ao Barcelona‑EQU nas oitavas de final; já em 2020, eliminou o Delfín‑EQU antes de levantar o troféu. A derrota para a LDU marca o primeiro revés da equipe paulista em jogos de mata‑mata desde outubro de 2023, quando foi surpreendida pelo Bolívar‑BOL em La Paz.
Em 51 confrontos eliminatórios, o Palmeiras já conquistou três títulos, ficou três vezes com o vice‑campeonato e foi eliminado em 14 ocasiões. A sequência invicta de 25 partidas (19 vitórias e 6 empates) começou em abril de 2023, quando o time venceu o Bolívar‑BOL, e estava a um passo de bater o recorde histórico do clube de 26 jogos (15 vitórias e 11 empates) entre 2000 e 2006.
Escalações e estratégias dos treinadores
Tiago Nunes escalou Alexander Domínguez no gol; Allala, Adé e Quiñónez na defesa; um meio‑campo com Quintero, Minda (substituído por Pastrán), Villamil, Gruezo e Alvarado; e o ataque formado por Bryan Ramírez e Medina.
Do outro lado, Abel Ferreira mandou Carlos Miguel ao gol; a zaga ficou com Khellven, Gustavo Gómez, Bruno Fuchs (substituído por Murilo) e Piquerez; no meio‑campo Aníbal Moreno, Andreas Pereira, Mauricio e Facundo Torres; e o ataque com Flaco López e Vitor Roque.
O plano de Nunes girava em torno da pressão alta e da velocidade dos alas, enquanto Abel Ferreira apostou na posse de bola e nos cruzamentos de Gómez. O contraste ficou evidente logo nos primeiros minutos.
Detalhes da partida: os três gols e o drama
O primeiro gol veio aos 12 minutos, quando Alvarado recebeu um passe filtrado de Gruezo e bateu forte no canto direito. O segundo, aos 34, foi a conclusão de um contra‑ataque rápido: Bryan Ramírez arrancou pela esquerda, cruzou para Pastrán que finalizou com categoria.
O terceiro, quase na hora do intervalo, foi obra de Medina, que encontrou espaço após erro de Murilo e batucou de primeira. O Palmeiras, antes dominador, ficou sem responder e viu a torcida equatoriana explodir.
Nos minutos finais, o técnico Abel Ferreira tentou mudar o esquema, colocando Murilo mais avançado e pedindo maior empenho de Vitor Roque, mas a defesa da LDU manteve a compostura.
Reação das mídias e como o Brasil assistiu ao jogo
A transmissão foi feita quase que exclusivamente em áudio. A Jovem Pan Esportes levou a narração de Nilson César, com comentários de Mauro Beting e reportagens de Pedro Marques. Outras rádios como BandNews FM, Bandeirantes e Energia 97 FM também fizeram a cobertura, mas a Globo não exibiu imagens em sinal aberto – só houve possibilidade de streamings pagos que não foram confirmados nas fontes.
Para os torcedores que dependem da TV aberta, foi um calote. Muitos recorreram a podcasts e ao aplicativo da Jovem Pan para ouvir a narrada ao vivo, enquanto a comunidade online inundou o Twitter com memes de "onde está a bola!?" e "palmeirenses sem visão".
Impactos imediatos e os próximos desafios
- Fim da sequência invicta: a derrota encerra a racha de 25 jogos sem perder para clubes estrangeiros, abalando a confiança da equipe.
- Calendário apertado: o Palmeiras tem partida contra o Cruzeiro no Brasileirão no dia seguinte, seguida do jogo de volta contra a LDU, antes de enfrentar Santos e Juventude nas próximas semanas.
- Pressão sobre o técnico: Abel Ferreira já acumulava três Libertadores (2020, 2021, 2024) e dois Brasileirões (2022, 2023). Agora, a imprensa cobra ajustes táticos para a partida de volta.
- Valorização da LDU: a vitória eleva a moral do clube equatoriano, que pode usar o embalo para avançar ao título.
Para o Palmeiras, a missão agora é rever a postura ofensiva, talvez colocar Murilo como referência no ataque e explorar mais as jogadas de linha de fundo, como fez nos primeiros jogos da fase de grupos.
O que esperar da partida de volta
O duelo de volta será disputado em São Paulo no próximo fim de semana. Analistas apontam que o Palmeiras terá a vantagem de jogar em casa, mas a pressão psicológica de ter que reverter um 3 a 0 pode gerar ansiedade.
Especialistas como Rogério Ceni, ex‑goleiro e atual comentarista, afirmam que o Verdão precisará de um plano de jogo agressivo, com substituições rápidas e busca de escanteios. Já o técnico Tiago Nunes deve jogar a segurança e procurar contra‑ataques, aproveitando a velocidade de Alvarado.
Perguntas Frequentes
Como a derrota impacta a campanha do Palmeiras na Libertadores?
A derrota encerra a sequência de 25 jogos sem perder contra equipes estrangeiras, o que pode abalar a confiança da equipe. Além disso, o Palmeiras agora precisa vencer por quatro gols de diferença na partida de volta para avançar, aumentando a pressão sobre o técnico e os jogadores.
Quem foram os principais destaques da LDU na vitória?
Alvarado marcou o primeiro gol e participou da criação do segundo, enquanto Pastrán e Medina fecharam a conta. O goleiro Alexander Domínguez ainda fez defesas decisivas nos minutos finais, impedindo o Palmeiras de empatar.
Por que a partida não foi transmitida em TV aberta?
A Globo optou por não exibir o jogo em sinal aberto, possivelmente por questões de direitos de transmissão exclusivos negociados com plataformas de streaming. Assim, apenas emissoras de rádio e canais de áudio ofereceram cobertura ao vivo.
Qual o próximo compromisso do Palmeiras no Brasileirão?
Na sequência imediata, o Verdão enfrenta o Cruzeiro em São Paulo no dia 24 de outubro, um confronto crucial para manter a luta pelo título do Campeonato Brasileiro.
O que o técnico Abel Ferreira pode mudar para a partida de volta?
Abel Ferreira pode colocar Murilo como referência ofensiva, adotar um esquema mais ofensivo com laterais avançados e buscar faltas estratégicas perto da área para gerar oportunidades de bola parada.
16 Comentários
Camila A. S. Vargas
Embora a derrota seja dolorosa, o Palmeiras ainda tem chance de reagir na partida de volta. A história da competição mostra que reviravoltas são possíveis quando a equipe mantém a disciplina tática. É fundamental que o elenco preserve a confiança construída ao longo da temporada. O apoio da torcida, mesmo que à distância, pode ser o diferencial nos momentos críticos. Portanto, mantenhamos o otimismo e a determinação rumo ao próximo confronto.
Carlos Eduardo
A sombra da derrota paira sobre o Verdão, como nuvem negra que anuncia tempestade. Cada passo em campo agora carrega o peso de uma nação que clama por redenção.
Daniel Oliveira
O relato da partida ignora detalhes que poderiam mudar a percepção geral do jogo. Primeiro, a escolha de Tiago Nunes por um bloco defensivo alto surpreendeu o adversário. Segundo, o erro de Murilo ao tentar avançar na primeira etapa foi decisivo para o terceiro gol. Terceiro, a falta de compactação no meio‑campo deixou espaços que a LDU explorou com rapidez. Quarto, a pressão de Abel Ferreira só ocorreu nos minutos finais, quando já era tarde demais. Quinto, a ausência de cobertura televisiva ao vivo mostrou falhas na negociação de direitos. Sexto, a dependência de transmissões de áudio refletiu custos excessivos de produção. Sétimo, o torcedor que acompanhou apenas pelos podcasts não viu a identidade visual da partida. Oitavo, a estratégia de criar jogadas de linha de fundo não foi bem executada pelos laterais palmeirenses. Nono, a substituição tardia de Murilo não trouxe a energia esperada ao ataque. Décimo, o domínio físico da LDU nos duelos aéreos foi superior ao esperado. Décimo‑primeiro, a bola parada ainda é ponto fraco para o Palmeiras, como evidenciado pelos gols sofridos. Décimo‑segundo, a falta de variações táticas ao longo do segundo tempo comprometeu a reação da equipe. Décimo‑terceiro, a confiança do grupo parece abalada, e isso pode repercutir nos próximos jogos do calendário. Por fim, a lição que fica é que nenhum histórico, por mais extenso que seja, garante vitória sem preparo adequado.
Ana Carolina Oliveira
Vamos, torcida! Ainda dá tempo de virar o placar, basta acreditar e cobrar do técnico o que o time precisa.
EVLYN OLIVIA
Claro, porque perder por 3 a 0 é exatamente o que o Palmeiras pediu.
joao pedro cardoso
Na análise tática, o Palmeiras errou ao deixar seus laterais muito recuados, permitindo que a LDU explorasse as pontas com velocidade. Além disso, a falta de variação nos padrões de passe acabou facilitando a marcação adversária. Um ajuste rápido no esquema pode restaurar a fluidez ofensiva.
Murilo Deza
Então, vejamos, o que realmente aconteceu?, o time entrou em campo, sem a preparação necessária, e acabou sofrendo, três gols, sem chance de reação?, tudo isso demonstra, claramente, a falta de planejamento.
Ricardo Sá de Abreu
É triste ver o Verdão sofrer assim mas ainda há luz no fim do túnel o torcedor pode ainda acreditar que a paixão e a garra vão virar o jogo na volta.
Luciana Barros
Concordo, a retomada exigirá disciplina tática e apoio incondicional da torcida.
gerlane vieira
Essa derrota revela o quanto o time ainda depende de improvisos.
Andre Pinto
O técnico precisa mudar agora.
Marcos Stedile
Eu acho que a transmissão foi sabotada?, que a gente nunca vê nada na TV aberta?, tudo isso faz parecer que tem algum acordo secreto?, talvez os direitos estejam sendo vendidos a terceiros?, é claro que a mídia não quer que saibamos a verdade?, ficou tudo muito escuso.
Renato Mendes
Vamos analisar os pontos fortes que ainda temos, como a velocidade dos extremos e a criatividade no meio‑campo, e usar isso como base para a volta.
Mariana Jatahy
Deixa eu dizer, a maioria dos críticos está exagerando 😏; o Palmeiras tem qualidade e pode virar o placar facilmente 👍.
Priscila Galles
Oi galera, só pra lembrar que na volta o Palmeiras pode usar o contra‑ataque que deu certo contra o Grêmio, e isso costuma fazer a diferença, então fiquem ligados!
Michele Hungria
É inadmissível que a diretoria persista em manter um plano de jogo tão obsoleto e que, além disso, demonstre completa incapacidade de adaptar-se às exigências de um confronto de alto nível; tal negligência deverá ser punida com rigor.
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