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- por Thiago Brayner
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O Botafogo surpreendeu ao derrotar o Seattle Sounders por 2 a 1 na partida de oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes FIFA 2025Los Angeles, nos EUA. O brasileiro fez história ao avançar para as quartas de final, onde encontrará Atlético de Madrid e, possivelmente, o Paris Saint‑Germain. No centro da atenção, Jefferson David Savarino Quintero, a faixa‑preta de 28 anos que traz consigo um histórico favorável contra a equipe americana.
Durante sua passagem pelo Real Salt Lake, Savarino já enfrentou o Seattle Sounders em 11 ocasiões, acumulando seis vitórias, um empate e quatro derrotas. Dois desses confrontos resultaram em gols marcados por ele, inclusive o primeiro na vitória por 2 a 0 em Utah, em 2017. "Botafogo merece, merece estar aqui", afirmou o meia‑atacante em entrevista pós‑jogo, exaltando a energia da torcida que lotou o estádio de Los Angeles.
Histórico de Jefferson Savarino contra o Seattle Sounders
O primeiro encontro de Savarino com o Seattle ocorreu em 25 de março de 2017, na CenturyLink Field, então em Seattle, Washington. O Sounders venceu por 1 a 0, mas o jovem venezuelano ganhou experiência. Apenas cinco meses depois, em 20 de agosto, na Rio Tinto Stadium de Sandy, Utah, ele balançou as redes aos 21 minutos, ajudando o Real Salt Lake a impor um 2 a 0.
Em 2018, Savarino repetiu a façanha: vitória por 1 a 0 em Seattle (14 de abril) e outra por 2 a 0 em Utah (19 de agosto). O padrão era claro – o venezuelano sempre se mostrava decisivo quando o jogo acontecia em solo americano. Isso fez com que, ao chegar ao Botafogo, ele carregasse não só técnica, mas também uma bagagem psicológica importante contra o adversário.
O duelo na Copa do Mundo de Clubes 2025
A partida de 16 de junho de 2025 ocorreu em Los Angeles, sob um céu típico da costa californiana. O Seattle dominou a posse (60 % contra 40 % do Botafogo) e produziu 23 finalizações, mas só converteu cinco. Já o time carioca tentou 12 chutes, com seis no alvo, e viu duas jogadoras, Jair e Igor Jesus, balançarem as redes aos 28 e 44 minutos, respectivamente.
Os números do Expected Goals (xG) mostravam a vantagem do adversário (2.02 contra 1.16), mas a eficácia nas oportunidades criadas acabou virando a partida. O Botafogo ainda levou quatro escanteios, enquanto o Sounders não teve nenhum, evidenciando um plano tático que priorizou a compactação defensiva e os contra‑ataques.

Reações de jogadores e comissão técnica
Em entrevista, Jefferson Savarino, meia‑atacante do Botafogo, reafirmou a importância do apoio da torcida: "É um sonho jogar um torneio dessa magnitude… estamos aqui porque o Botafogo merece."
O técnico Artur Jorge, treinador‑principal do Botafogo, elogiou a disciplina tática: "Mantivemos a postura compacta nos primeiros 30 minutos, o que nos permitiu explorar os espaços na saída de bola do Seattle." Ele também destacou a preparação física: "A equipe treinou a velocidade de transição nos últimos treinos e o resultado foi a velocidade nos contra‑ataques que renderam os dois gols."
Por outro lado, o dono do clube, John Textor, admitiu que 2025 começou difícil, dizendo que "metade da diretoria considerou sair", mas ressaltou que a vitória representa um ponto de virada.
Impacto do resultado e próximos desafios
Com a classificação, o Botafogo será colocado em um dos grupos de quartas de final que inclui o Atlético de Madrid e, possivelmente, o Paris Saint‑Germain – dois dos clubes mais fortes da Europa. Os analistas já apontam que o próximo confronto exigirá ainda mais disciplina defensiva, pois a equipe espanhola costuma dominar a posse e criar jogadas pelas laterais.
Para o Seattle Sounders, a derrota marca a primeira eliminação na competição e traz dúvidas sobre a estratégia adotada contra adversários que jogam no contra‑ataque. O técnico americano ainda não divulgou a escalação para a partida de volta na MLS, mas é provável que ajustes sejam implementados para melhorar a eficiência nas finalizações.

Contexto da competição e perspectiva futura
A Copa do Mundo de Clubes 2025 reúne os campeões continentais de cada confederação, além do país anfitrião. O formato de eliminação direta torna cada partida decisiva, e o Botafogo, clube fundado em 1 de julho de 1904 no Rio de Janeiro, surpreendeu ao romper o tradicional domínio europeu.
Se o Botafogo avançar para as semifinais, ele não só garantirá maior visibilidade internacional como também poderá atrair patrocínios e reforços para a temporada 2025/26. Para o meia‑atacante Savarino, a possibilidade de enfrentar o PSG é mais do que um desafio – é a chance de medir seu talento contra estrelas como Lionel Messi e Kylian Mbappé.
Perguntas Frequentes
Como o histórico de Savarino contra o Seattle influenciou o resultado?
A confiança do venezuelano, construída ao longo de 11 confrontos anteriores – onde venceu seis vezes – ajudou a equipe a manter a calma nos momentos críticos. Sabendo que já havia marcado contra o adversário, Savarino se mostrou mais decisivo nos treinos táticos, o que refletiu na compactação defensiva adotada pelo Botafogo.
Quem foram os maiores destaques da partida?
Além de Savarino, Jair e Igor Jesus foram essenciais, marcando os dois gols. O goleiro Botafogo, Lucas Queiroz, teve duas defesas decisivas nas tentativas de chute do Seattle, que somou 23 finalizações.
Qual será o próximo adversário do Botafogo?
O Botafogo encara o Atlético de Madrid nas quartas de final. Caso vença, o próximo passo será contra o Paris Saint‑Germain, que ainda disputa a semifinal contra o vencedor de outro confronto europeu.
O que o técnico Artur Jorge destacou na coletiva?
Artur Jorge elogiou a disciplina tática e a rapidez nos contra‑ataques, apontando que a equipe trabalhou a transição nos últimos treinos. Ele também ressaltou a importância da torcida americana, que criou um ambiente "de estádio europeu".
Como a vitória afeta a situação financeira do Botafogo?
A passagem para as semifinais garante um aumento significativo nos prêmios de Fifa, além de atrair potenciais patrocinadores internacionais. O clube espera usar os recursos para reforçar o elenco antes do próximo Campeonato Brasileiro.
1 Comentários
Raphael Mauricio
Botafogo mostrou que o impossível ainda tem um lugar na história.
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