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- por Thiago Brayner
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Quando Charles Oliveira, lutador da categoria peso‑leve do UFC, declarou que é o melhor brasileiro da história, a afirmação ecoou pelos fóruns de MMA, academias e redes sociais. Brasil tem tradição no esporte, mas poucos atletas haviam ousado comparar diretamente seus feitos com lendas como Anderson Silva ou José Aldo. A fala foi dada durante a entrevista concedida ao portal Super Lutas em 17 de novembro de 2024, poucos dias depois de sua luta em UFC 297 Jacksonville, Flórida.
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Workshop Factor
Charles Oliveira dizer que é o melhor brasileiro da história do UFC é um manifesto de egocentrismo sem precedentes. Ele parece esquecer que Anderson Silva e José Aldo construíram legiões de fãs e títulos antes dele. A comparação ignora a longevidade de Silva, que reinou por quase uma década no octógono. Aldo, por sua vez, foi responsável por popularizar a categoria peso‑pena e manteve-se relevante por mais de dez anos. Oliveira, apesar de ser o detentor de recordes de finalizações, ainda tem uma carreira flutuante em termos de consistência. Sua declaração soa como uma tentativa de autopromoção ao invés de um reconhecimento honesto da história do MMA brasileiro. Além disso, ele esquece que o título de “melhor” é subjetivo e dependente de critérios como domínio técnico, influência cultural e capacidade de inspirar novas gerações. O fato de ter vencido no UFC 297 não justifica uma supremacia absoluta. Muitos fãs ainda questionam sua postura agressiva e seu comportamento fora do octógono. Ele também tem enfrentado críticas por suas atitudes nas entrevistas, onde costuma se exibir demais. Comparar-se com lendas consagradas é como um peixe pequeno se achar o tubarão dos mares. A comunidade de MMA já viu declarações inflamatórias semelhantes de outros lutadores que, no fim, foram desmentidas pelos resultados. Não há como negar que Oliveira tem talento, mas talento não se traduz automaticamente em ser “o melhor”. Se ele realmente quer ser lembrado, deveria focar em melhorar seu jogo e deixar as palavras fora. A história será escrita pelos feitos, não pelas autoproclamações. Enquanto isso, os verdadeiros fãs continuarão debatendo quem merece o título de maior brasileiro do UFC. Em suma, a frase dele é mais barulho do que substância, e provavelmente será lembrada como um exemplo de vaidade desmedida.
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